LEITURAS ANTÓNIO ALÇADA BATISTA

SALTO DO LOBO

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Venha conhecer pessoalmente os livros do autor António Alçada Baptista e permita-se teletransportar numa viagem no tempo até o passado vivo em cada canto do Salto do Lobo.

OS NÓS E OS LAÇOS

Gonçalo, Teresa, Duarte, Pedro, lsabel e Inês pertencem a uma geração que vive a dramática aventura da busca de novos valores, em ruptura com uma herança ideológica pesada, onde um catolicismo tradicionalista arbitra as regras da existência. Estes diferentes protagonistas, embora com as mais diversos filosofias de vida estão todos eles vincadamente marcados por uma sociedade bem portuguesas e, todos eles, na fragilidade das suas vidas, da sua solidão, da sua condição de mortais, se encontram estreitamente ligados na solidariedade e no amor, que são afinal os únicos valores a darem significado às suas existências. Mas, se “Os Nos e os Laços” é um romance de conflito de valores com o passado ainda presente, é também exploração de novos percursos que se entreabrem à experiência de cada um dos personagens: é a descoberta do corpo como lugar privilegiado de comunicação, são os jogos de existência em que bem e mal permutam constantemente de posição, e é sobretudo esse discreto mas instaurador movimento de pensar o mundo no feminino. Quanto novidade da escrita de Alçada Baptista, é outra vez o retorno ao encanto da espontaneidade, à narrativa fluente, ao gosto ler.

PERIGRINAÇÃO INTERIOR

a pile of books and books on a table
a pile of books and books on a table

E aí está: esse incessante contar a própria vida tem justamente no nome de Deus seu núcleo de fixação, sua obsessão irradiante, seu foco de resistência contra a tentação de simplesmente narrar a biografia de um mortal comum. O nome de Deus é para Alçada o sinal de uma luta cotidiana do homem, jogado no mundo do amor e da morte e rebelado contra a sua condição mortal e transitória. O desejo do Anjo: disto se trata. Nesse difícil percurso, em que às vezes toda a tentação se resume em desistir, algumas estações representam conquistas a preservar e direções ainda e sempre a perseguir. Alçada lhes dá os nomes que sua própria peregrinação autoriza. Chamam-se então liberdade, e cultura, e verdade, e esperança.

VOL. II

O TECIDO DO OUTONO

Os matizes do tecido do Outono suscitam, nas paisagens da natureza, traços de uma beleza melancólica, nas da alma, tonalidades reflexivas, apaziguadoras, poéticas. O olhar demora-se naquilo que fomos e, nesse passado, vai descobrindo pequenas nostalgias de coisas ainda não vividas, indiciadoras de um projecto humano que se ignora, mas se pressente intimamente ligado ao misterioso mundo do amor. É precisamente na relação com os outros, nessa dimensão privilegiada da aprendizagem, que Alçada Baptista acredita podermos conhecer o amor, a ternura, a delicadeza, a liberdade, a poesia do mundo e da vida. Na companhia das mulheres que amou, e, sobretudo, de Bárbara, foi possível a visita aos subterrâneos da alma, onde repousam e deambulam inquietações, medos, mistérios. Uma viagem de descoberta mútua e de autodescoberta pelos horizontes da natureza humana mais profunda - dos afectos, da reflexão religiosa, da fé, da alegria, da solidão e da morte, do espanto e do respeito pelo mistério da existência, pelo mistério do indizível.

A COR DOS DIAS

Este novo livro de António Alçada Baptista pertence ao ciclo das suas memórias e peregrinações, a que já nos habituou, e que exprime a sua necessidade de reflectir e de partilhar connosco essas reflexões, Para os que o conhecem de longa data, e para quem ele tem sido uma referência forte, é sempre uma festa reencontrá-lo, para outros, poderá ser a descoberta de um manancial de experiência com um cariz muito próprio, muito próximo, tão pessoal no quase diálogo que estabelece com o leitor, Neste seu novo livro, António Alçada Baptista faz um balanço abrangente sobre o que lhe tem cabido viver. Ele revisita lugares, épocas, personalidades, para os abordar num novo enquadramento, que não raro lhes faz ganhar novos relevos nas areias do Tempo. Noutras páginas. surpreende-nos com a sua grande capacidade de leitura do que é recente e para que nos chama a atenção. E, se nos suscita reflexões sérias, deixando-nos a responsabilidade de nos questionarmos também, oferece-nos do mesmo modo ecos do seu riso de Deus, através de pequenas narrativas de carácter anedótico ou revelando-nos o lado lúdico de figuras que até aqui conhecíamos apenas como gente séria, importantes, ou sob qualquer outra classificação, na galeria das abstracções. Não poderíamos deixar de referir aqui a sempre presente paixão do autor a sua - "obsessão, como lhe chama ele - pela memória, pela história das mentalidades, que transparece em coisas que nunca se encontram nos livros de História, quando se tenta compreender uma época, mas que lhe dão "cor": os usos, os costumes, os gostos, os ritmos, as referências várias que vão marcando cada época. Daí o valor de testemunho que este livro assume, ao oferecer à sua leitura, hoje ou algures no futuro, o contacto íntimo, quase sensual, com o espírito das várias épocas pelas quais nos faz viajar.

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